5 Obras-primas da Pinacoteca de Brera em Milão

Dona de uma das maiores coleções de pintura da Itália, sobretudo obras da escola lombarda e veneziana dos séculos XV e XVI, a Pinacoteca de Brera é um dos museus mais importantes de Milão e abriga 5 obras-primas imperdíveis: a Pala di Brera de Piero della Francesca, a Lamentação sobre o Cristo morto de Andrea Mantegna, o Casamento da Virgem de Rafael Sanzio, O Beijo de Francesco Hayez e a Rissa in galleria de Umberto Boccioni.

Provavelmente, você só virá a Milão uma vez, não deixe de conhecer o terraço do duomo, que tem uma das vistas mais bonitas da cidade e quase ninguém conhece, garanto que você vai adorar.

 
 

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5 Obras-primas da Pinacoteca de Brera em MilãoA Pala di Brera de Piero della Francesca

A Pala di Brera representa a Nossa Senhora sentada num trono com Jesus no colo rodeada por um grupo de santos e de anjos e pelo duque Federico, em armadura ajoelhado.

A obra foi encomendada em 1472, ano em que Federico celebrava o nascimento do filho Guidobaldo e a tomada de Volterra, por isso a retratação em armadura. O ano também foi marcado pela morte da sua amada mulher, Battista Sforza, homenageada com a presença do seu santo epônimo (Giovanni Battista) em frente ao marido.

Além da figuração da Virgem, que vela afetuosamente o sono de Jesus, a obra parece aludir à maternidade de Battista, interrompida prematuramente.

De um ponto de vista religioso, a obra é uma reflexão sobre o dogma mariano: a Nossa Senhora que vela o corpo de Cristo em analogia à igreja que conserva o sacramento da eucaristia.

Outro detalhe importante, é o ovo de avestruz suspenso sob a cabeça da Virgem, representando a Imaculada Conceição. Segundo uma lenda antiga, o ovo de avestruz era fecundado por um raio de sol, assim como a concepção de Maria, feita através do Espírito Santo.
Lamentação sobre o Cristo morto de Andrea Mantegna

A Lamentação sobre o Cristo morto retrata o corpo morto de Jesus deitado sobre a Pedra da Unção.

A representação inovadora do corpo de Cristo no sepulcro é um caso único na pintura renascentista: os pés de Jesus em primeiro plano mostram, de maneira evidente, as chagas devido à crucificação.

O corpo de Jesus, coberto de unguento, jaz sobre a Pedra da Unção, na qual foi deposto da cruz.

À esquerda do corpo, foram representados Nossa Senhora, estranhamente muito mais velha, São João e uma terceira pessoa que poderia ser Maria Madalena.  

O quadro foi encontrado no atelier de Mantegna após a sua morte. Provavelmente, tenha sido feito para a devoção do pintor.
5 Obras-primas da Pinacoteca de Brera em MilãoCasamento da Virgem de Rafael Sanzio

Numa praça pavimentada ao ar livre, dominada por uma paisagem luminosa, a pintura representa o momento em que José está para colocar a aliança no dedo de Maria em frente a um grande templo de planta central, que remete ao projeto do templo de San Pietro in Montorio em Roma feito por Bramante.

Ao lado dos dois protagonistas estão o séquito de Maria, disposto atrás da virgem, e os pretendentes, desiludidos com a recusa da noiva, atrás de José.

A única flor que desabrochou foi a de José. Um pretendente decepcionado parte o seu galho que não floresceu, milagrosamente, como o de José.

Os olhares expressivos dos personagens estão voltados em diferentes direções numa espécie de diálogo mudo.

Rafael utiliza uma série de proporções geométricas baseadas no semicírculo das figuras e na estrutura piramidal, inserindo personagens que assumem poses e movimentos naturais numa grade compositiva rigorosamente simétrica.
5 Obras-primas da Pinacoteca de Brera em MilãoO beijo de Francesco Hayez

A tela é pequena (112 x 88 cm), mas ilustra com emoção o intenso e apaixonado beijo de um jovem casal de namorados vestidos com trajes medievais.

A ambientação reduz-se a um fundo arquitetônico que mostra um muro de pedra com uma passagem à esquerda e alguns degraus à direita. A sombra do casal projetada no pavimento aliada àquela fugaz da passagem no fundo dão um toque enigmático à cena, uma possível partida clandestina, tendo em vista também o pé do rapaz apoiado no primeiro degrau.

A mensagem de Hayez é, no entanto, política e está relacionada com o pacto de Plombières: aliança feita entre a França e o Reino da Sardenha em 1858 com o objetivo de libertar a Itália do domínio austríaco.

Além do beijo apaixonado dos namorados, destacam-se as cores da bandeira da Itália e da França – vermelho e verde do homem e azul e branco da mulher -, que fazem alusão a um evento político de fundamental importância no processo de unificação da Itália.

A duplicidade do amor, pela pessoa e pela pátria, subtendida na obra é a chave de leitura da obra de Hayez, que devido à grande notoriedade obtida no decorrer dos anos, acabou perdendo o significado político e ganhando uma interpretação apenas romântica.

O lago de Como fica pertinho de Milão e é um dos lugares mais incríveis da Itália. Não perca a oportunidade de fazer um passeio de barco exclusivo por Varenna e Bellagio, simplesmente mágico, inesquecível. Você vai se apaixonar.

Rissa in galleria de Umberto Boccioni

A Rissa in galleria é um ícone do começo do movimento futurista, que combina o fascínio dos cenários urbanos e o gosto pela modernidade partindo da representação de um fato do cotidiano.

O objeto é uma rixa entre duas prostituas em frente a um café na galeria Vittorio Emanuele II em Milão. É noite e sob as luzes dos novos lampiões elétricos do interior do café, uma multidão desordenada aglomera-se ao redor da cena. Os protagonistas são a iluminação (das lâmpadas da galeria e do interior do café) e o dinamismo da representação daquela pequena aglomeração como entidade viva e dotada de alma própria.

A obra também é um testemunho histórico de Milão no começo da primeira guerra mundial, assumindo as características e os contrastes de uma cidade em processo de grandes mudanças.

A escolha da galeria Vittorio Emanuele e do café Campari, frequentado por Boccioni e muitos outros artistas da época, foi devido ao fato de representar uma parte importante da história milanesa naquela época.
Rissa in galleria

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