Praça do teatro Scala em Milão
A praça do teatro Scala em Milão foi construída em 1858 e abriga três estruturas arquitetônicas de grande importância na cidade: o teatro alla Scala, a galeria Vittorio Emanuele e o palácio Marino.
No meio da praça, o destaque é a estátua de Leonardo da Vinci (1872).
O Scala é um dos teatros líricos mais famosos do mundo.
O nome é em homenagem à igreja Santa Maria alla Scala, que foi demolida no século XVIII para dar lugar à construção do teatro Regio Ducale.
Em 1776, o Regio Ducale sofreu um incêndio dando lugar à construção do teatro Scala.
O teatro alla Scala, projetado pelo arquiteto Giuseppe Piermarini, foi inaugurado no dia 3 de agosto de 1778.
No princípio foi palco de inúmeras óperas italianas como Oberto, Conte di San Bonifacio de Giuseppe Verdi e Edgar de Giacomo Puccini. A partir de 1906, com Salomè de Richard Strauss, começou a receber artistas originários de outros países.
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Durante a Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1943, foi gravemente bombardeado, o que ocasionou a queda do teto e a destruição parcial do teatro.
Com o fim da guerra, o edifício foi reconstruído e reaberto em maio de 1946 com um concerto memorável do maestro Arturo Toscanini.
A galeria Vittorio Emanuele
Com uma cúpula de 47 metros de altura, onde foram utilizados 7 milhões e 850 mil metros quadrados de vidro e 353 toneladas de ferro, a galeria Vittorio Emanuele foi inaugurada no dia 15 de setembro de 1867 e serviu de inspiração para a construção da torre Eiffel.
O palácio Marino, além de ser o único edifício da cidade que tem quatro fachadas, é repleto de histórias…
Reza a lenda, que o conde Tommaso Marino era o banqueiro mais usurário, arrogante e prepotente de Milão. Um dia, quando caminhava pelo centro da cidade, viu a bela jovem Arabella Cornaro, filha de um importante aristocrata veneziano, saindo da igreja de San Fedele. O octogenário apaixonado não perdeu tempo, foi logo pedir a mão da moça em casamento.
Como em Milão não havia nenhum palácio à altura da nobre donzela, o pai da jovem recusou o pedido. Contrariado, o banqueiro inescrupuloso, sequestrou a bela Ara e prometeu-lhe construir o palácio mais bonito e luxuoso da cidade.
Marino fez questão que o edifício fosse construído na praça San Fedele, local onde tinha visto a amada pela primeira vez.
A primeira pedra foi colocada em 1558 juntamente com uma maldição: Essa montanha de pedras erguida com o fruto de tantos roubos ou terminará em ruínas ou será roubada por outro ladrão ou queimará.
E de fato, o edifício deteriorou-se até cair nas mãos de outro ladrão, o Estado, no final do século XVI.
Mas até a profecia tornar-se realidade, muita água correu por debaixo da ponte: em outubro de 1563, o filho mais novo de Tommaso assassinou um empregado do irmão mais velho por tentar criar inimizade entre eles. O resultado foi o pagamento de uma fiança no valor de 25.000 escudos, prisão domiciliar e deserdação.
No começo de 1565, foi a vez do primogênito enciumado assassinar a esposa espanhola, ser deserdado e fugir para Gênova.
Tommaso Marino faleceu, aos 97 anos, no dia 9 de maio de 1572 em meio a uma situação econômica bastante delicada e um suposto uxoricídio nas costas. Segundo uma música ainda conhecida em Milão, o banqueiro derrotado, refugiou-se em seu palácio no campo, onde teria assassinado a sua bela esposa.
E a história não para por aí, uma das netas do banqueiro, Marianna, mais conhecida como a freira de Monza, nascida no amaldiçoado palácio, é protagonista do famoso livro Os noivos de Alessandro Manzoni. Mas isso já é assunto para um outro artigo.
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[…] Duas paradas obrigatórias em Milão: a histórica e luxuosa galeria Vittorio Emanuele e a praça do teatro Scala. […]
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