A vida em Milão após o Covid-19

Depois de mais de dois meses dentro de casa, a expectativa de como seria a vida em Milão após o Covid-19 era grande e, para ser bem sincera, achei assustadora a reabertura dos salões de beleza, barbeiros, cabelereiros, centros estéticos, museus, shoppings, lojas, bares e restaurantes na segunda-feira passada.

Até o dia 3 de maio, só podíamos sair de casa para ir ao supermercado ou à farmácia, duas semanas depois, parecia tudo voltar à normalidade.

Fiquei com medo (lembrei-me de quando a história começou por aqui, do número de infectados e mortos que aumentava assustadoramente todos os dias, do desespero coletivo, do futuro incerto) e não saí de casa.

Aliás, saí de casa só para correr e andar de bicicleta com o meu filho, mas sem entrar em contato com ninguém.

Ontem, eu aumentei um pouco a caminhada, fomos à praça do duomo, à corso Vittorio Emanuele, à galeria Vittorio Emanuele, à praça do teatro Scala e a Brera.
A vida em Milão após o Covid-19 A vida em Milão após o Covid-19 A vida em Milão após o Covid-19A vida em Milão ainda não voltou ao normal: o centro está completamente vazio, nem todos os bares, confeitarias, restaurantes, museus e lojas estão abertos e tem fila para entrar nas lojas e nas confeitarias, além do uso obrigatório de máscaras pela cidade (luvas nas lojas) e do distanciamento de um metro entre as pessoas.

Para assistir à missa no duomo, além da máscara, é obrigatória a medição da temperatura corporal na entrada.

O museu do duomo, do Novecento, a Pinacoteca di Brera e as Gallerie d’Italia estão fechados.

A tradicional confeitaria Marchesi da galeria Vittorio Emanuele também está fechada.

A cafeteria do estrelado Cracco atende os clientes fora do estabelecimento.
A Rinascente (a versão italiana das Galeries Lafayette) tinha fila na entrada antes mesmo de abrir.
O famoso touro da galeria Vittorio Emanuele estava completamente sozinho, o que é raríssimo. Tive que registrar o momento. Aproveitei para colocar o pé nele e girar para atrair sorte para Milão, para a Itália, para o Brasil, para todos nós.
Aos poucos a vida vai voltando ao normal e, no final dessa loucura, vai ficar tudo bem.

Espero ver vocês, em breve, em Milão.
A vida em Milão após o Covid-19

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