O que fazer em Florença

A primeira vez que eu fui a Florença, foi no final de novembro de 2011 e a minha primeira impressão foi que Florença era cinzenta. Naquela época, eu ainda morava em Lisboa e tinha acabado de chegar de uma viagem ensolarada nas Maldivas.

Em setembro de 2012, a caminho de Capri, passei uma outra semana por ali e confesso que as cores de Veneza e as particularidades de Nápoles ainda me encantavam mais do que a monocromática Florença.
Exatamente três anos depois, em setembro deste ano, passei duas semanas de férias na Toscana, com direito a praia, turismo rural de luxo num dos castelos mais incríveis da região e visita aos principais museus e igrejas de Florença, e depois dessa viagem a minha opinião sobre Florença mudou completamente: a cidade é colorida, divertida e tem uma das noites mais animadas da Itália.

As cores de Florença estão escondidas nos inúmeros museus e igrejas incríveis, os tons de cinza da cidade devem ter sido projetados para descansar os olhos de tanta beleza.
Eu sempre começo os meus passeios na Itália pelas catedrais (duomo) e em Florença não foi diferente, o duomo florentino é simplesmente divino.
A entrada na igreja, com vista para a enigmática cúpula de Brunelleschi, é gratuita. Para visitar a cúpula de perto, o batistério, o campanário e a cripta é só pagar € 15 e preparar-se para as filas, que valem mais do que a pena.
Antes de seguir para a galeria da Accademia, uma longa parada na basílica de San Lorenzo e na capela Medicee.

A basílica de São Lourenço é a igreja da família Médici, entre as obras mais importantes destacam-se dois púlpitos em bronze de Donatello, a sacristia velha realizada por Filippo Bruneleschi e a biblioteca Laurenziana projetada por Michelangelo.

A capela Médici faz parte do complexo São Lourenço, embora as entradas e os bilhetes sejam diferentes (€ 4,5 basílica de São Lourenço, € 7 basílica de São Lourenço + biblioteca Laurenziana e € 6 capela Médici), e está dividida em três partes: a cripta, onde foram sepultados os membros menos ilustres da família Médici, a sacristia nova, obra de Michelangelo, e a capela dos príncipes.
A galeria da Academia abriga muitas obras de artistas importantes como Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio, Andrea del Sarto e Allessando Allori, mas é famosa pela célebre estátua de Davi feita por Michelangelo.
A menos de 900 metros da Accademia, você encontrará três cenáculos: o de S. Apollonia, pintado por Andrea del Castagno, o último cenáculo de Ghirlandaio no museu de São Marco e o cenáculo de Fuligno.
Entre o cenáculo de Fuligno e a capela Médici, o Mercado Central, com 3.000 quadrados dedicados à gastronomia italiana, é parada obrigatória.
Caminhando em direção ao rio Arno, o destaque é a praça e a basílica Santa Maria Novella e o cenáculo de Ghrilandaio ao lado da igreja Ognissanti.
Pela avenida que beira o rio, sem atravessar a famosa ponte velha (Ponte Vecchio), estão os principias pontos turísticos da cidade: a galeria degli Uffizi, um dos museus mais famosos do mundo, a praça della Signoria e o mercado do Porcellino (porquinho).
Assim como em Milão, para garantir o retorno à cidade ou para ter sorte, deve-se colocar o calcanhar direito no aparelho reprodutor do touro na galeria Vittorio Emanuele II e girar uma vez ao redor dele, em Florença, o lance é passar a mão no focinho do porco e colocar uma moeda na boca dele.
Ainda ali por perto: o palácio Vecchio, a igreja e o museu Orsammichele, a casa de Dante, o museu nacional de Bargello, a casa de Michelangelo e a basílica de Santa Croce.
Atravessando a ponte velha, mais cinco atrações imperdíveis: a igreja Santa Maria del Carmine, o palácio Pitti, a basílica de Santo Spirito, a igreja de San Miniato al Monte e uma vista de Florença de tirar o fôlego.