O que fazer em Bucareste na Romênia
Com quase dois milhões de habitantes, Bucareste é a capital da Romênia e o centro cultural, industrial e financeiro do país.
Embora os vestígios mais antigos da cidade remontem ao período paleolítico, a primeira referência histórica de Bucareste é de 1459, quando se tornou uma das residências do príncipe da Valáquia, Vlad, mais conhecido como Drácula, que serviu de inspiração para o filme de Bram Stoker.
O auge econômico e industrial de Bucareste foi durante a primeira metade do século XX, mais precisamente entre 1912 e 1944, antes de o Partido Comunista assumir o poder em dezembro de 1947.
No período entreguerras, a sofisticação e a elegância arquitetônica da cidade (influenciadas pela arquitetura e pelo urbanismo francês) renderam-lhe o título de Pequena Paris do Oriente.
Em 1989, o governo comunista saiu de cena e, no começo de 2000, a cidade começou a ser restaurada e modernizada e voltou a crescer.
Bucareste é segura, tem uma gastronomia deliciosa, uma vida noturna animada, preços fantásticos e passagens de avião, saindo de Milão, a partir de € 10. Está esperando o quê para conhecer a Romênia?
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Informações úteis: não é preciso visto para entrar em Bucareste, basta ter o passaporte com validade de 6 meses a partir da data de chegada.
A moeda romena é o leu.
1 leu equivale a 0,21 euros e a 0,90 reais.
O táxi do aeroporto até o centro da cidade custa entre 15 e 20 euros.
A parte mais bacana de Bucareste é a cidade velha, onde estão concentrados inúmeros bares, restaurantes e algumas lojas.
As ruínas do palácio e a estátua do famoso príncipe Vlad ficam na Strada Franceză, ao lado da Biserica Sfântul Anton, a igreja ortodoxa mais antiga da cidade.
As ruazinhas da cidade velha são uma graça, é muito gostoso caminhar por ali.
Para os fãs de museu, a dica é o museu Nacional de História da Romênia. Também vale a pena conferir a livraria Cărturești Carusel e o mosteiro Stavropoleos.
Duas paradas obrigatórias na cidade velha: o Grand Café Van Gogh e o Caru’cu Bere, o restaurante mais famoso de Bucareste.
Nós paramos no Café Van Gogh para tomar um café, mas como o gin tônico (21 lei) era quase do mesmo preço do cappuccino (15,5 lei) e o café expresso (9,5 lei), do chope (11 lei), deixamos o café para a Itália.
No histórico Caru’cu Bere, a pedida foi a Ciorbă de văcuță (16,2 lei), uma sopa típica feita com carne de boi e legumes servida no pão, o Mititei(6,4 lei cada um), uma carne grelhada em formato cilíndrico feita com carne de boi, de cordeiro e de porco bem temperados, e uma bisteca de boi (104 lei) com polenta (6,4 lei).
Os pratos típicos estavam deliciosos, o T-bone estava razoável, melhor apostar nas especialidades locais como o cordeiro ou a carne de porco (todas as vezes que comemos estavam fantásticos).
Saindo da cidade velha em direção à Piața Revoluției, está a Piața Universității, coração da capital romena e uma das peças-chave durante a revolução de 1989 que levou à queda do regime comunista. Os destaques da praça da Universidade são as estátuas e os belos edifícios.
Na praça da Revolução, que serviu de palco para os confrontos e manifestações contra o regime do ditador Nicolae Ceaușescu, está a Biblioteca Central da Universidade e o Memorial do Renascimento, dedicado às vítimas da Revolução Romena.
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Curiosidade: Ceaușescu fez seu último discurso na praça da Revolução no dia 21 de dezembro de 1989. Julgado e condenado por vários crimes, incluindo o genocídio de mais de 60 mil cidadãos, Nicolae e a esposa foram fuzilados numa base militar a poucos quilômetros de Bucareste no Natal desse mesmo ano.
Entre a Piața Revoluției e o Ateneu romeno, tem um Cassino, o Museu Nacional de Arte Romena e o imponente Palácio Real de Bucareste, completamente restaurado após ter sido incendiado durante a Revolução de 1989.
Nas ruas charmosas ao redor do Ateneul Roman, tem alguns restaurantes franceses e italianos. A dica é o éclair (bomba francesa) recheada com caramelo salgado do French Revolution e o bulz (polenta com bacon, queijo e ovo frito) e o papanasi (uma espécie de sonho, servido quente, coberto com geleia e creme de queijo doce e creme de leite) do restaurante La Mama.
Tome um café ou um chá pelo menos uma vez na Camera din Față, o lugar é lindo e os cafés e chás são deliciosos.
Curiosidade: no dia 4 de março de 1977, um grave terremoto abalou Bucareste, deixando centenas de feridos e destruindo boa parte do centro da cidade.
Aproveitando-se da tragédia, o então presidente da Romênia, Nicolae Ceaușescu, mandou derrubar cerca de um terço dos edifícios, igrejas e palácios históricos do centro, alguns deles danificados pelo terremoto, outros não, para dar início ao seu projeto megalomaníaco de construir uma Champs-Élysées romena e um Palácio do Povo monumental.
Com 3.500 metros de extensão, a atual Bulevardul Unirii chamava-se Bulevardul Victoria Socialismului, Avenida da Vitória do Socialismo, uma resposta comunista à avenida parisiense com apartamentos realistas-socialistas inspirados no modelo socialista norte-coreano.
A Bulevardul Unirii termina no Palácio do Povo, onde estão instaladas as câmaras do parlamento romeno.
Com 350.000 metros quadrados, 1.100 salas e 16 pisos construídos com materiais de origem romena, o atual Palácio do Parlamento de Bucareste (antigo Palácio do Povo) é o edifício administrativo mais caro do mundo e o segundo maior edifício administrativo do mundo depois do Pentágono.