Igreja Santa Maria delle Grazie em Milão
A igreja Santa Maria delle Grazie foi fundada junto com o convento dos dominicanos no final do século XV, na mesma época em que Leonardo da Vinci chegou à cidade a convite do então duque de Milão, Ludovico Sforza.
Naquela época, Ludovico morava no castelo Sforzesco e escolheu a Santa Maria delle Grazie para conservar os restos mortais dos Sforza, entre eles, os da sua mulher, Beatriz d’Este, que morreu durante o parto do seu terceiro filho no dia 3 de janeiro de 1497 aos 21 anos de idade.
Reza a lenda, que o duque mandou construir um túnel ligando o castelo à igreja para poder visitar, com frequência, o túmulo da sua mulher.
O fato é que foi Ludovico quem encomendou as obras de peso do complexo: a pintura de A última ceia de Da Vinci numa das paredes do antigo refeitório dos dominicanos e a tribuna renascentista de Bramante na igreja.
A igreja, projetada por Guiniforte Solari, foi construída entre 1463 e 1482 em estilo gótico lombardo. Para construir a célebre tribuna de Bramante, Ludovico mandou derrubar o presbitério e a abside da igreja em 1492.
A pintura mais famosa de Leonardo é A última ceia, que representa o momento em que Jesus anuncia aos apóstolos que seria traído por um deles.
No entanto, como a tradicional técnica do afresco secava muito rápido e não era compatível com os longos estudos e as pinceladas críticas do artista, Da Vinci utilizou-se da têmpera em uma superfície feita basicamente de gesso, o que resultou inadequado para um ambiente úmido como o refeitório.
Mesmo antes de finalizar o trabalho, a obra-prima de Leonardo já apresentava sinais de deterioração, mas a harmonia cromática, os efeitos de luzes e as transparências garantiram um lugar de destaque ao pintor na história da arte.
Endereço: Corso Magenta, 61.
Metrô: linhas vermelha e verde, estações Conciliazione e Cadorna.
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