Basílica de Sant’Eustorgio em Milão
O nome da basílica, construída no século IV sobre as ruínas de um cemitério, é em homenagem a Eustorgio I, bispo de Milão entre os anos 344 e 350 d.C..
O edifício foi entregue aos frades dominicanos em 1220, que encarregaram-se da sua transformação construindo as 3 primeiras capelas e o campanário, e reformando o cruzeiro e algumas partes da nave da igreja.
Em 1234, a basílica de Sant’Eustorgio tornou-se ofício da Inquisição na Lombardia.
Em 1252, um frade (Pietro) foi assassinado por um grupo de hereges e, em menos de 1 ano, foi canonizado e enterrado ali.
Nos séculos XIV e XV, muitas famílias influentes patrocinaram os monumentos fúnebres das capelas da basílica, entre elas, a família Portinari, que construiu uma capela destinada aos restos mortais de San Pietro Martire.
Entre os anos de 1483 e 1489, foi a vez da capela Brivio, onde foram colocados os polípticos da Madonna con il Bambino con San Giacomo e de Sant’Enrico di Ambrogio da Fossano, e o túmulo de Giacomo Stefano Brivio.
Na segunda metade do século XV, o convento entrou em declínio. Em 1559, o Tribunal da Inquisição foi transferido para a comunidade dominicana de Santa Maria delle Grazie. No entanto, o complexo Sant’Eustorgio assumiu uma nova importância devido à valorização da basílica como sede do primeiro estabelecimento cristão e local de sepultamento de mártires promovida por Carlo Borromeo.
A restauração da basílica, ocorrida entre os séculos XVI e XIX, envolveu importantes artistas lombardos como Giulio Campi, Carlo Urbino, Andrea Pellegrini, Daniele Crespi, Giovanni Mauro della Rovere, Federico Bianchi, Francesco Croce e Antonio Lucini.
Em 1798, o convento deixou de funcionar.
Em 1911, o complexo foi adquirido pela prefeitura de Milão.
Em 1943, os bombardeios da Segunda Guerra Mundial destruíram boa parte do convento.
Em 2000, a basílica foi restaurada novamente.
Curiosidades: embaixo do coro da basílica, encontram-se uma abside de época romana, que foi descoberta durante escavações realizadas entre os anos de 1959 e 1966, e um cemitério pré-cristão e paleocristão, ou seja, com túmulos de cristãos e pagãos, o qual Sant’Ambrogio nomeou cemitério dos mártires em função das vítimas precedentes ao Édito de Milão (313 d.C.), que declarava que o Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso, acabando com as perseguições e mortes.
O antigo edifício teve uma importância muito grande na vida religiosa da cidade: nele, o apóstolo Barnabé teria batizado os primeiros cristãos, além de abrigar a sepultura do bispo Eugenio e as relíquias dos Reis Magos.
Reza a lenda que a Arca dos Magos (o sarcófago) foi transportada de Constantinopla a Milão pelo bispo Eustorgio na primeira metade do século IV.
No campanário da basílica, ao invés da cruz tradicional, encontra-se uma estrela de 8 pontas, a estrela dos Reis Magos, que indica a presença das relíquias.
Todos os anos, no dia 6 de janeiro, a basílica de Sant’Eustorgio promove a procissão dos Reis Magos, que sai do duomo com destino à basílica, com direito a trajes históricos e animais no cortejo.
*A entrada na basílica é gratuita, no entanto, o acesso ao museu de Sant’Eustorgio, à capela Portinari, à capela Solariane e ao cemitério paleocristão custa € 6.
Horário de visita: diariamente das 10:00h. às 18:00 horas.
Endereço: Piazza Sant’Eustorgio, 1.
Metrô: linha verde, estação S. Ambrogio.
3 Responses
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