A galleria Umberto I em Nápoles
A galleria Umberto I em Nápoles é muito parecida com a galleria Vittorio Emanuele II de Milão e, assim como a versão milanesa, foi construída com o intuito de reparar o ambiente e a arquitetura do centro devastados por guerras e destruições.
As obras tiveram início no dia 5 de novembro de 1887 e foram concluídas no dia 19 de novembro de 1890.
Graças à localização central, tornou-se, imediatamente, um importante centro comercial da cidade, também conhecido por ser o lugar onde os homens ricos, até a década de cinquenta, iam engraxar os sapatos.
Mas nem só de comércio vivia a galeria: à noite, a poucos passos da entrada da via Santa Brigida, havia um pequeno teatro subterrâneo, o Salão Margherita, inaugurado no dia 15 de novembro de 1890, que, por mais de 20 anos, foi a sede principal do entretenimento noturno dos napolitanos. Durante o dia, era frequentada por atores e músicos em busca de trabalho, que ficavam na cafeteria ao lado do teatro à espera de uma nova companhia teatral ou de um grupo musical para fazerem parte.
Além da função comercial e social, desempenhava também um papel monumental: a estrutura do edifício e a decoração foram projetadas para estar à altura da beleza artística dos monumentos adjacentes como o teatro San Carlo, o palácio real e a basílica de São Francisco de Paula.
Ainda hoje, na parte central da galeria, onde estão os mosaicos com os doze signos do zodíaco, circulam músicos e artistas em busca de uma oportunidade de trabalho.
O Salão Margherita só abre aos domingos ou em eventos especiais.
A famosa sfogliatella quentinha (massa folhada recheada com creme feito de ricota, açúcar, ovo e baunilha com ou sem frutas cristalizadas) da Mary permanece ali e é parada obrigatória para turistas e napolitanos.
Curiosidades: uma das tradições mais bacanas da galeria Umberto I é a das crianças colocarem as cartinhas com os pedidos para o papai Noel na árvore de Natal. A nova tradição, criada nos últimos anos por um grupo de delinquentes, é roubar a árvore dos pedidos.
Este ano, o roubo correu mal. Vamos ver se no ano que vem, a prefeitura investirá em câmaras de vigilância.
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