A Galeria degli Uffizi em Florença
A Galeria degli Uffizi em Florença é um dos museus mais famosos do mundo devido às inúmeras coleções de quadros e estátuas que abriga, sobretudo do Renascimento, entre elas, duas grandes obras-primas de Sandro Botticelli: A Primavera e O nascimento de Vênus.
O percurso expositivo está dividido em dois andares, por estilo e escola, em ordem cronológica, que vai do século XIII ao XVIII. São mais de 60 salas para visitar, além dos belos corredores adornados com estátuas, afrescos e pinturas.
O ideal é dedicar um dia inteiro ao museu, no entanto, eu sei que grande parte dos turistas que visita Florença não dispõe desse tempo, no intuito de facilitar a vida de vocês, eu fiz um guia com as salas mais importantes da galeria degli Uffizi.
Sala 2 delle Maestà (Sala das Majestades)
Projetada na década de cinquenta para hospedar as obras de Giotto e Cimabue, a sala leva o nome das três grandes obras que retratam a Virgem com Jesus homenageada por anjos e santos, as majestades, feitas por Duccio di Boninsegna, Cimabue e Giotto entre o final do século XIII e o início do século XIV.
Sala 5 e 6 de Lorenzo de Monaco
As salas 5 e 6 são dedicadas às obras, inovadoras para a época, do monge Lorenzo de Monaco, protagonista da pintura gótica-tardia florentina.
Sala 7 de Gentile da Fabriano
Originário de Marche, Fabriano morou por alguns anos em Florença e em Roma, passou por cidades e palácios da Itália setentrional central e trabalhou para os Visconti em Pavia e para a República de Veneza.
O contato com ambientes culturais diversos favoreceu a aquisição de uma extraordinária técnica artística, conferindo riqueza material e verossimilhança às suas obras.
Sala 8 dos Lippi
A sala 8 abriga várias pinturas de Filippo Lippi, realizadas na metade do século XV, e do seu filho Filippino, das duas últimas décadas do mesmo século.
Filippo Lippi, frade carmelita, formou-se no convento florentino de Carmine, estando em contato direto com os afrescos de Masolino e Masaccio.
A influência de Masaccio foi determinante para Filippo na sua juventude, mas ao longo dos anos, dedicou maior atenção aos desenvolvimentos da escultura florentina, em especial aos trabalhos de Donatello e Luca della Robbia. Da pintura flamenga veio o gosto pelos materiais preciosos, utilizados com eficácia extraordinária, como pode ser observado nas obras Coroação da Virgem e Nossa Senhora com o menino e dois anjos, um dos quadros mais famosos do museu.
Na sala também estão expostas algumas obras-primas de Filippino como a Adoração dos magos, e algumas obras de Alesso Baldovinetti.
Salas 10-14 de Sandro Botticelli
Entre as quinze obras de Sandro Botticelli, as mais importantes são A Primavera e O nascimento de Vênus, as primeiras pinturas profanas de grande dimensão do Renascimento italiano, que retratam o cenário cultural de Florença na época de Lourenço de Médici, o Magnífico.
Merecem destaque as pinturas com temas religiosos como O retábulo de São Barnabé e A Madona do Magnificat.
A sala também é ocupada por uma das obras-primas da pintura flamenga, o tríptico Portinari de Hugo van der Goes, que chegou a Florença em 1483 e exercitou grande influência sobre os artistas florentinos.
Nesta sala, ainda estão expostas três pinturas de Domenico Ghirlandaio.
Sala 15 de Leonardo da Vinci
As três principais obras para reconstruir a formação e a atividade do jovem Leonardo ficam logo na entrada da sala.
Em O batismo de Cristo, realizado em grande parte por Verrocchio, primeiro mestre de Leonardo, a presença do jovem é limitada à cabeça do anjo e aos tons da paisagem.
Em A Anunciação, embora ainda seja um trabalho juvenil, observa-se uma pintura mais atenta às paisagens e às vibrações atmosféricas, que será desenvolvida nas obras posteriores do artista.
A Adoração dos Magos, de grande complexidade conceitual e formal, começou a ser pintada em 1481, mas permaneceu incompleta devido à partida de Leonardo da Vinci para Milão no ano seguinte.
Sala 35 de Michelangelo Buonarotti e os florentinos
A primeira obra que se vê ao entrar na sala é o Tondo Doni, uma das obras mais famosas do jovem Michelangelo, encomendada por Agnolo Doni, que retrata a Sagrada Família em primeiro plano. As três imagens juntas formam um grupo compacto, destacando-se Jesus do entrelaçamento dos braços de José e Maria.
Na mesma sala, estão expostas pinturas de Fra Bartolomeo e Mariotto Albertinelli, intérpretes de uma arte religiosa devota e significativa, inspirada nos ensinamentos do frade dominicano Girolamo Savonarola.
Salas 57 e 58 de Andrea del Sarto
Na sala 58, está exposta a obra mais famosa de Andrea del Sarto, a Madonna delle Arpie, baseada em alguns versos do Apocalipse.
Sala 66 de Raffaello
Rafael morou em Florença entre os anos de 1504 e 1508, período em que pintou a Madonna del cardellino e o seu famoso Autorretrato.
Sala 83 de Tiziano
A sala 83 é dedicada à pintura veneziana, sobretudo, Tiziano, seu principal expoente.
Nesta sala, encontram-se as grandes obras-primas de Tiziano como a Vênus de Urbino e Flora.
Sala 90 de Caravaggio
A sala abriga três importantes obras de Caravaggio: Baco, Sacrifício de Isaac e o rosto deformado pela expressão de horror durante a separação sangrenta do corpo da Medusa, tema bastante desenvolvido na pintura do século XVII.
Horário de funcionamento: de terça a domingo das 8:15 min. às 18:50 minutos. A bilheteria fecha às 18:05 minutos.
Não abre às segundas-feiras, no dia 1ºde janeiro, no dia 1ºde maio e no dia 25 de dezembro.
Endereço: piazzale degli Uffizi, 1.
Preço do bilhete: € 12,50 quando há mostras e € 8 na ausência de mostras.