A certosa de San Martino em Nápoles
A certosa de San Martino é um dos maiores complexos monumentais de Nápoles e é um dos mais belos exemplos da arte e da arquitetura barroca da cidade.
O complexo fica na colina de Vomero, ao lado do castelo Sant’Elmo, e engloba o jardim das mulheres, um pátio monumental, o claustro dos procuradores, uma igreja, um refeitório, um presépio, uma seção de carroças, uma seção de barcos, o quarto do prior, uma farmácia e um museu.
Eu fui visitar o museu no final da tarde, estava escuro e algumas alas já estavam fechadas, mas tive a sorte de ter sido acompanhada por um guia (voluntário) que trabalhava ali e confesso que fiquei boquiaberta com a magnitude e a beleza da igreja.
Um pouco de história: o mosteiro de San Martino (ordem dos Cartuxos) foi projetado pelo escultor Tino di Camaino, responsável por algumas esculturas do duomo de Siena, e foi inaugurado em 1368, durante o governo da rainha Joana I.
O edifício foi ampliado no final do século XVI, quando o estilo gótico deu lugar ao barroco, e começou a ser redecorado no começo do século XVII, sob o comando do arquiteto Cosimo Fanzago.
Durante a revolução de 1799, o complexo foi ocupado pelos franceses. Quando os últimos monges abandonaram a certosa em 1812, foi ocupada pelos militares. Em 1836, um grupo de monges voltou a estabelecer-se em San Martino. Em 1866, tornou-se propriedade do Estado.
A igreja
A igreja, com uma nave central e seis capelas laterais cobertas de afrescos, é uma espécie de museu da pintura e da escultura napolitana dos séculos XVI ao XVIII, na minha opinião, é a grande obra-prima da certosa de San Martino.
Como se não bastasse a igreja lindíssima, atrás do altar-mor estão o presbitério, a abside, o coro, a sala do capitólio, a sacristia monumental, as capelas do Tesouro e de Madalena, que também são deslumbrantes.
A área do presbitério é precedida por um balaústre de mármore, pedras preciosas e bronze feito em 1761. O altar-mor foi feito em madeira em 1705 com pinturas que imitam o mármore. Os belos afrescos do coro são obras de grandes artistas do século XVII como Guido Reni, Massimo Stanzione, Jusepe de Ribera e Battistello Caracciolo. Os armários em nogueira da sacristia monumental foram feitos por artistas napolitanos e flamengos entre os anos de 1587 a 1600. Na capela do tesouro, encontram-se obras-primas como a Pietà de Ribera (1637) e o Trionfo di Giuditta (1704) de Luca Giordano.
A seção naval
Na seção naval, os dos destaques são o barco real com 24 remos, construído na primeira metade do século XVIII, decorado com esculturas de ouro que remonta à época de Carlos III da Espanha e o barco de 14 remos (1889) que pertencia ao rei Humberto I da Itália.
A seção das carroças
A carroça mais antiga da cidade, de madeira e pintada de dourada, começou a ser construída no final do século XVII e foi utilizada durante as cerimônias oficiais e como meio de transporte da elite de Nápoles até 1861.
O quarto do prior
O quarto do prior era o apartamento do líder espiritual da comunidade dos Cartuxos e abrange também a sala de reuniões, onde os hóspedes de maior importância eram recebidos.
Preço do bilhete: € 6. O bilhete cumulativo para o Museu Pignatelli, o Museu Capodimonte, a Certosa di San Martino e o Castelo de Sant’Elmo custa € 10 e é válido por 2 dias.
Horário de funcionamento: de quinta a terça-feira das 8:30 min. às 19:30 minutos.
Endereço: via largo San Martino, 5.
Metrô: linha amarela, estação Vanvitelli.
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