A basílica de Santa Croce em Florença
Conhecida como o Panteão dos italianos e intitulada como o Templo das glórias italianas pelo escritor Ugo Foscolo na obra Os sepulcros, a basílica de Santa Croce em Florença abriga as sepulturas de Michelangelo Buonarroti, Galileu Galilei, Nicolau Maquiavel, Dante Alighieri e Ugo Foscolo e algumas obras de arte de Giotto, Cimabue e Donatello.
Um pouco de história: a história da basílica de Santa Cruz começou, oficialmente, no dia 14 de setembro de 1228, quando o papa Gregorio IX tomou sob sua proteção os Frades Menores, também conhecidos como frades franciscanos, que oficiavam no pequeno oratório de Santa Croce.
Com a expansão da cidade e, consequentemente, das muralhas de proteção que passaram a englobar todo o bairro de Santa Croce em 1284, a basílica foi ampliada para poder acolher os fiéis, que já não cabiam no antigo oratório.
As obras tiveram início com a construção do transepto e das capelas laterais, patrocinadas pelas famílias (abastadas) Bardi, Peruzzi, Benci, Niccolini, Alberti, Castellani, Baroncelli e Spinelli. As capelas decoradas com afrescos de Giotto e dos seus discípulos conservam algumas das obras de arte mais significativas da pintura florentina do século XIV.
Com o nascimento do principado de Médici no século XV, o interior da basílica de Santa Cruz foi transformado: alguns afrescos foram cobertos, o coro dos frades foi removido e os altares laterais (enriquecidos com pinturas de artistas como Bronzino, Santi di Tito, Vasari e Jacopo Ligozzi) foram construídos.
No século XV, a basílica já abrigava as sepulturas de duas grandes figuras públicas florentinas: Leonardo Bruni e Carlo Marsuppini. No século XVI, tornou-se o Templo das glórias italianas com os monumentos fúnebres de Michelangelo e Maquiavel.
A basílica foi inaugurada no dia 3 de maio de 1863, mas a fachada só ficou pronta em 1865.
O que ver na basílica de Santa Cruz: o crucifixo de Cimabue na sacristia, A história da vida de São Francisco de Assis de Giotto na capela Bardi, A história da vida de São João Batista e São João Evangelista de Giotto na capela Peruzzi, A árvore da Cruz e A última ceia de Taddeo Gaddi, os monumentos fúnebres dedicados a Michelangelo, Galileu Galilei, Maquiavel, Dante Alighieri e Ugo Foscolo, a capela Pazzi de Brunelleschi, A anunciação de Donatello, o crucifixo de madeira esculpido por Donatello e as capelas Baroncelli, Castellani, Maggiore e Bardi di Mangona.Curiosidades: os afrescos de Giotto na capela Bardi e Peruzzi foram cobertos com cal no século XVIII para dar espaço a monumentos fúnebres e lápides. As obras só foram redescobertas e restauradas na metade do século XIX.
Reza a lenda, que o crucifixo esculpido por Brunelleschi para a basílica de Santa Maria Novella em Florença foi uma resposta ao crucifixo de madeira feito por Donatello, definido por Brunelleschi, como um camponês na cruz. Horário de funcionamento: de segunda a sábado das 9:30 minutos às 17:00 horas. Aos domingos e nos dias 6 de janeiro, 15 de agosto, 1º de novembro e 8 de dezembro das 14:00 às 17:00 horas.
Fecha nos dias 1º de janeiro, 13 de junho, 4 de outubro e 25 e 26 de dezembro.
Preço do bilhete: € 6.
Endereço: piazza Santa Croce, 16.