Dica de turismo: entre Milão e Bérgamo, encontra-se a bela Crespi d’Adda, patrimônio mundial da UNESCO desde 1995
by · 30/12/2014Eu gosto muito de Bérgamo e volta e meia estou por ali. Além de ser pertinho de Milão, a cidade é um charme.
(Não deixe de conferir os artigos Turismo na Itália: de Milão a Bérgamo e Milão e arredores: roteiro de 1 dia em Bérgamo).
Este mês, encontrei um outro motivo para ir a Bérgamo mais vezes: Crespi d’Adda, uma linda aldeia operária, leia-se a mais completa e a mais bem conservada do sul da Europa, que integra a lista dos patrimônios mundiais da UNESCO desde 1995.
A vila operária de Crespi d’Adda conta a história de um homem rico, autoritário e teimoso que construiu um modelo ideal de vida e de produtividade. Basicamente, é uma viagem no tempo, no espaço e na arquitetura através de uma aspiração industrial utópica. É a crônica fascinante da ascensão e queda de um sonho.
Como ir de Milão a Crespi d’Adda: o mais fácil é ir de carro. O percurso tem aproximadamente 45 quilômetros, ou seja, em torno de 50 minutos de viagem, €2,90 de pedágio e €6 de combustÃvel.
Para ir de transporte público, você primeiro deverá pegar um metrô (linha verde) com destino a Gessate. Em Gessate, terá que apanhar um ônibus (Z310) para Trezzo sul’Adda (última parada). Em Trezzo sul’Adda, um outro ônibus (TBSO) com destino a Crespi d’Adda e descer na segunda parada.
Um pouco de história: Tudo começou quando o industrial Cristoforo Crespi decidiu instituir um modelo ideal de vida e de produtividade: um pequeno feudo onde o castelo do patrão era sÃmbolo tanto da autoridade, quanto da benevolência para os operários e suas famÃlias.
A ideia era dar a todos os trabalhadores uma casa com horta e jardim e fornecer todos os serviços necessários à comunidade como escola, igreja, centro esportivo, hospital, teatro, cemitério e lavadouros.
A fábrica têxtil e a vila operária foram fundadas em 1878 às margens do rio Adda.
A vila, construÃda com o intuito de acolher os trabalhadores ao redor da fábrica, resolvendo o problema de habitação e proporcionando-lhes os serviços imprescindÃveis, foi inspirada, tanto na arquitetura quanto na ideologia, nos modelos britânicos das últimas décadas do século XIX.
Ideologicamente, a fábrica funcionava como uma grande famÃlia, na qual o empreendedor autoritário, a figura paternalista, estava sempre atento à s necessidades dos seus filhos (operários) submissos e obedientes.
O sonho durou pouco mais de 50 anos, no entanto, a estrutura da antiga vila operária permaneceu praticamente inalterada até os dias de hoje.
Os principais pontos turÃsticos de Crespi d’Adda: a fábrica, a igreja, a escola, a arquitetura das casas dos operários, os lavadouros, a casa do médico, a casa do padre e a casa do patrão, ou melhor, o castelo da famÃlia Crespi.
Curiosidades acerca de Crespi d’Adda: foi a primeira aldeia italiana a ser dotada de iluminação pública.
Na escola de Crespi, quem pagava a conta era a fábrica, desde o material para os alunos até refeições, salários e alojamento para os professores.
Os moradores de Crespi, no inÃcio do século XX, podiam desfrutar de uma piscina coberta com duchas, vestiários e água aquecida.
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Olá meu sobrenome é Dadda, e certa vez me contaram a história e que minha famÃlia era vinda deste lugar e que ao ser registrada no Brasil, o escrivão não compreendeu que as pessoas vinham d adda e colocou esta palavra como sobrenome destas pessoas. Sou natural do Rio Grande do Sul, lá tem muitos Daddas e Dadas localizados principalmente na cidade de Osório, onde tem um morro onde reside muitas pessoas com este sobrenome, este local é chamado pelos moradores de Daddalandia.
Olá Michele, que bacana 🙂
Obrigada por compartilhar sua história conosco.
Abraço,
Por incrivél que parece, eu sou uma CRESPI e só agora que estou sabendo de toda minha origem, acho que devemos saber mesmo de onde vem nossas origens, estou muito feliz por saber que essa famÃlia tão maravilhosa CRESPI, deixarão uma história tão rica de sabedoria eu fiquei muito emocionada quando vi que os funcionários era tratados com muita generosidade, eu sei como isso deve ter feito tanta diferença para essas pessoas, que lindo CRESPI e assim de coração grande.
Que legal, Vera 🙂
Espero que você venha, em breve, conhecer as tuas origens.
Abraço,
Cristoforo Crespi é pai de Rodolfo Crespi, seu quarto filho, que em principios do século 20 fundaria no bairro da Mooca em São Paulo o Cotonificio Rodolfo Crespi, tendo se tornado uma das maiores indústrias texteis do Brasil a sua época. O prédio da fábrica ainda existe.
Que bacana, Alexandre,
eu não sabia, e confesso que adoro essas notÃcias e atualizações históricas.
Muito obrigada!